Índice que mede o ritmo de contágio (Rt) do novo coronavírus no Brasil subiu de 0,98 para 1,01. Agente de saúde faz teste PCR em aluna de escola estadual em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, no dia 15 de outubro.
Amanda Perobelli/Reuters
Após cinco semanas abaixo de 1, a taxa de transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil voltou a subir, aponta monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido, com última atualização feita na segunda-feira (2).
O relatório mostra que o índice está em 1,01. Os dados levam em conta a média das estimativas de mortes na comparação das duas semanas. Pelas estatísticas, essa taxa pode ser maior (até Rt = 1,09) ou menor (até Rt = 0,92).
SEGUNDA ONDA: Mundo bateu 9 vezes recordes de casos diários de Covid em outubro, indicam dados da OMS
VACINA BRASILEIRA: Butantan, Fiocruz, USP, UFMG e UFPR têm 11 projetos na fase inicial de estudos
Os cientistas apontam que “a notificação de mortes e casos no Brasil está mudando; os resultados devem ser interpretados com cautela”, sem dar detalhes.
Simbolizado por Rt, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.
Queda nos testes
Um levantamento feito pelo G1 com dados do Ministério da Saúde apontou uma queda nos testes no país entre agosto e setembro; especialistas apontaram que isso pode indicar uma piora na capacidade em achar casos da doença (o que influencia a estimativa do Rt).
Em agosto, a taxa de transmissão do novo coronavírus no país caiu pela primeira vez para valores abaixo de 1. O Brasil tem mais de 160 mil mortes desde o início da pandemia. O número é o segundo maior do mundo, atrás apenas do valor dos Estados Unidos. O total de casos de Covid-19 no Brasil já passa de 5,5 milhões.
VÍDEOS: novidades sobre as vacinas contra a Covid-19