Os Estados Unidos ultrapassaram nesta 3ª feira (22.set.2020) a marca de 200 mil mortes em decorrência da covid-19. Esse é o número mais alto de todo o planeta 8 meses depois de o vírus ser confirmado pela 1ª vez em território norte-americano.
Segundo contagem da Universidade Johns Hopkins, os EUA registraram ao todo 200.252 óbitos, entre 1 total de 6,87 milhões de infectados pelo coronavírus Sars-Cov-2 no país.
Os EUA já figuram há 5 meses como a nação com o maior número absoluto de mortos pela covid-19, à frente do Brasil, que soma oficialmente 137.272 vítimas, e da Índia, com 88.935. Em número de casos, o país asiático tem 5,56 milhões e o Brasil 4,55 milhões.
Ao todo, o território americano conta menos de 5% da população mundial, mas responde por 20% das mortes registradas por coronavírus em todo o planeta. Contudo, os números tanto dos Estados Unidos quanto do restante do planeta podem ser maiores, devido a subnotificação de casos e atribuição de mortes por outros fatores no início da pandemia.
Projeção da Universidade de Washington prevê que o total de mortos nos EUA deverá dobrar para 400 mil até o final do ano. Segundo a instituição, a reabertura das escolas e universidades e a queda das temperaturas no outono e no inverno podem ser alguns dos fatores.
“A ideia de 200 mil mortos é realmente muito preocupante, em alguns aspectos, impressionante”, afirmou o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, integrante da força-tarefa da Casa Branca contra o coronavírus.
Para a pesquisadora em saúde pública da Johns Hopkins, Jennifer Nuzzo, é “completamente incompreensível que tenhamos chegado a este ponto”, levando em conta que os Estados Unidos eram considerados o país mais preparado para enfrentar crises de saúde.
Os EUA figuram em 1º lugar no chamado Índice de Segurança de Saúde Global, um ranking de 194 nações que mede a prontidão do país para lidar com crises sanitárias. A liderança se deve, por exemplo, a seus laboratórios e cientistas de 1ª linha e seus estoques de medicamentos e suprimentos de emergência.
Trump aposta em vacina
Enquanto insiste que os EUA já estão “dobrando a esquina” em relação à pandemia, Trump tem grandes esperanças de que a rápida aprovação de uma vacina contra a covid-19 pode aumentar suas chances de reeleição.
“Distribuiremos uma vacina, derrotaremos o vírus, acabaremos com a pandemia, e entraremos em uma nova era de prosperidade, cooperação e paz sem precedentes”, afirmou o presidente em discurso gravado e exibido na Assembleia Geral da ONU nesta 3ª feira (22.set).
Também em seu discurso nas Nações Unidas, o presidente dos EUA voltou a atacar o governo chinês ao chamar o coronavírus de “vírus da China“, e exigiu que Pequim seja responsabilizado por “soltar essa praga no mundo”. O embaixador chinês rejeitou as acusações como infundadas.
Ao todo, o mundo já registrou mais de 31 milhões de casos confirmados de infecção pelo coronavírus e cerca de 970 mil mortes.
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