O novo mapa provisório do distanciamento controlado reduz de oito para sete o número de regiões gaúchas sob bandeira vermelha

Divulgado pelo governo gaúcho nesta sexta-feira (11), o mapa provisório da décima-nona rodada do distanciamento controlado no Rio Grande do Sul reduziu de oito para sete o número de regiões gaúchas sob bandeira vermelha (alto risco epidemiológico): Porto Alegre, Guaíba, Passo Fundo, Santa Maria, Caxias do Sul, Erechim e Palmeira das Missões. As outras 14 estão na cor laranja (risco médio).

Prefeituras e associações regionais têm até as 6h de domingo para apresentar os recursos contra a nova configuração, que serão avaliados pelo Executivo até a segunda-feira, dia de publicação das respostas. As classificações definitivas entrarão em vigor no dia seguinte, valendo até o início da outra semana.

Atualmente, nenhuma área do Rio Grande do Sul está sob a cor amarela (baixo risco) no distanciamento controlado. E desde a adoção do sistema, em maio, jamais foi aplicada a bandeira preta (altíssimo risco).

Porto Alegre, Erechim e Palmeira das Missões já estavam “pintadas” de vermelho. Já Santa Maria, Guaíba, Passo Fundo e Caxias do Sul apresentaram piora em seus indicadores relacionados à pandemia.

“Em todo o Estado, houve queda em alguns indicadores, como hospitalizações (-7%) e internados em leitos clínicos (-14%). Ocorreu também estabilização no número de leitos livres”, ressalvou o Comitê de Crise.

Como houve aumento no contingente de pacientes internados por outros motivos, o índice de leitos livres para cada ocupado por casos de coronavírus apresentou leve queda, mantendo-se abaixo de um leito livre para cada ocupado. “Isso exige cautela para não permitir novas acelerações no número de internações pela doença no Estado”, acrescentou o colegiado.

Desde a décima-quarta rodada, está vigente o modelo de cogestão, no qual as “Regiões Covid” podem adotar protocolos menos restritivos à bandeira na qual estão classificados, mas no mínimo iguais à bandeira anterior.

Para isso, precisam elaborar planos estruturados próprios aprovados por no mínimo dois terços dos prefeitos e avalizados por uma equipe técnica. Das sete regiões em vermelho, somente Santa Maria e Guaíba não apresentaram um protocolo próprio de cogestão. A adesão ao modelo misto não altera as cores do mapa definitivo.

Até as 18h desta sexta-feira, 17 regiões já haviam aderido ao modelo compartilhado: Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Lajeado e Erechim.

Panorama

Conforme o mapa preliminar desta décima-nona rodada, 253 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul estão classificados em bandeira vermelha, somando 5.753.746 habitantes, ou seja, 50,8% da população gaúcha (total de 11.329.605 habitantes).

Desses, 115 municípios (501.855 habitantes, 8,7% do RS) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.

Alertas

Chamou a atenção da equipe que monitora o modelo um forte crescimento nas hospitalizações por Covid-19 em pelos menos seis regiões – Santa Maria (117,4%), Santa Rosa (85,7%), Cachoeira do Sul (50%), Bagé (37,5%), Guaíba (21,9%) e Santo Ângelo (20,7%).

A atual fase da pandemia, na qual a ocupação de leitos de UTI por Covid-19 indica um estágio de estabilização, permitiu, nesta semana, uma revisão de dois indicadores do Distanciamento Controlado que medem a capacidade de atendimento da rede hospitalar.

Nas primeiras semanas do modelo de bandeiras, para que uma região alcançasse a classificação amarela, por exemplo, era preciso apresentar sempre um número maior de leitos de UTI livres do que na semana anterior (tanto na região quanto no Estado como um todo).

(Marcello Campos)

By Giovana Frazolini