Eleitores do estado de Michigan estão entre os alvos das ligações. FBI avalia que a ação é uma forma de intimidar os eleitores para evitar que eles saiam de casa e votem. Eleitores votam na eleição dos EUA na cidade de Flint, em Michigan
Shannon Stapleton/Reuters
O Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos investiga ligações telefônicas automáticas feitas nesta terça-feira (3) com informações falsas sobre as eleições americanas e pedindo que as pessoas fiquem em casa para não votar.
De acordo com um oficial sênior da Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA), área dentro do FBI, trata-se de uma “intimidação ao eleitor, uma tática de repressão”.
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“Fique atento às pessoas que estão tentando te intimidar, minar sua confiança, mas mantenha a calma e vá votar”, disse o funcionário sênior da CISA.
A emissora americana “ABC News” confirmou que algumas das ligações estão sendo feitas para eleitores do estado de Michigan, com um enfoque na cidade de Flint, onde a maioria dos moradores é negra.
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No início da tarde desta terça-feira, a procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, disse que está recebendo os relatórios sobre as ligações automáticas para os residentes da cidade de Flint.
“Obviamente, isso é FALSO e uma estratégia para suprimir os votos. Não há longas filas e hoje é o último dia para votar. Não acredite nas mentiras! Faça sua voz ser ouvida!”, escreveu em sua conta no Twitter.
A secretária do estado, Jocelyn Benson, afirmou que os telefonemas estão “espalhando desinformação propositalmente”. Em Nova York, a procuradora-geral Letitia James também disse que está investigando ligações com informações falsas.
“As tentativas de impedir os eleitores de exercerem o direito de votar são desanimadoras e erradas, e também atrapalham. Além disso, são ilegais e não serão toleradas”, disse James, em uma nota oficial.
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