O governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, na quinta-feira (24) pagou R$ 43 milhões para programas municipais da área da saúde. O repasse evidencia o compromisso da gestão em manter os pagamentos em dia.
O recurso é destinado ao custeio mensal de programas municipais que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS), como Estratégia Saúde da Família (ESF), Política Estadual de Incentivo para Qualificação da Atenção Básica (Pies) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outros.
“Quando assumimos o governo, encontramos uma situação na qual medicamentos não eram disponibilizados, hospitais estavam sem receber, os municípios estavam com recursos em atraso, havia hospitais adiando cirurgias devido a paralisações de funcionários que estavam sem receber. Podemos imaginar a dificuldade que teríamos no enfrentamento à pandemia não fosse o grande esforço para colocar os pagamentos em dia”, destacou o governador Eduardo Leite, durante transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Os incentivos aos hospitais já foram quitados no dia 14 de setembro. Além disso, o governo do Estado pagou a 16ª e última parcela da dívida empenhada com os municípios gaúchos, herdada de gestões anteriores. A parcela de R$ 13,5 milhões completa o total de R$ 216 milhões, passivo acumulado entre 2014 e 2018.
Taxas de óbito
Com uma das menores taxas de óbito por Covid-19 do país para cada grupo de 100 mil habitantes desde o início da pandemia, o Rio Grande do Sul tem a maioria de suas regiões com indicadores mais positivos do que a própria média estadual. Das 21 regiões definidas pelo modelo de Distanciamento Controlado, 13 apresentaram média móvel de morte pela doença nos últimos sete dias inferior a 0,35. Destaque fica com as regiões de Uruguaiana (média móvel nos últimos sete dias de 0,03), Ijuí (0,06) e Bagé (0,08). Das áreas Covid que ficaram com os piores resultados, predomina a macrorregião Metropolitana.
O levantamento divulgado pelo Comitê de Dados do governo para o enfrentamento da pandemia reúne informações atualizadas até quinta-feira (24/9). O estudo traz comparativos do último semestre entre as taxas médias do Brasil, do Estado e das 21 regiões. Pelo monitoramento, a região de Bagé aparece com números abaixo da média móvel nacional e do Rio Grande do Sul desde o mês de maio. As áreas de Uruguaiana, Santo Ângelo e Ijuí igualmente apresentam números positivos há vários meses.
Mesmo com uma queda bastante acentuada na última semana, a região de Porto Alegre segue com uma média móvel (0,48) acima do RS e do Brasil. A capital gaúcha e outras cinco cidades do entorno (Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Gravataí e Viamão) superam o indicador estadual desde o início de julho. Além de Pelotas (0,55) e Porto Alegre, a média móvel dos últimos sete dias apresenta mais seis regiões com números acima da taxa de óbitos para cada 100 mil habitantes medida para o Estado como um todo: Guaíba (0,48), Taquara (0,42), Novo Hamburgo (0,41), Canoas (0,38), Cruz Alta (0,38) e Santa Maria (0,36).