Liberados os jogos em centros esportivos

Para que a prática dos
esportes coletivos possa acontecer, é obrigatório obedecer a uma série de
protocolos estabelecidos pelo governo do Estado: ausência de público é uma
delas

Portas
trancadas, quadras e arquibancadas vazias e bolas paradas. Esse foi o cenário
dos clubes sociais esportivos por aproximadamente seis meses, tempo em que o
decreto estadual proibia a prática de esportes coletivos em locais fechados,
visando evitar maior propagação da pandemia do coronavírus.

Para
os amantes do futebol e proprietários de espaços onde as atividades acontecem,
a edição do decreto de número 55.482, publicado na segunda edição do Diário
Oficial do Estado, foi aguardada com muita ansiedade e expectativa, mas por
fim, aconteceu.

O
documento assinado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no dia
de 14 de setembro de 2020, autoriza atividades esportivas que envolvem serviços
de educação física, clubes sociais esportivos e de futebol, competições e
outras atividades nos municípios que estiverem com a bandeira laranja há pelo
menos duas semanas consecutivas ou amarela, no modelo do Distanciamento
Controlado.

Contudo,
para que possam ocorrer, é necessário obedecer a uma série de protocolos
estabelecidos pelo governo. Entre eles: sem público para assistir, com
intervalo de uma hora entre os jogos e uso intercalado das quadras, para evitar
aglomeração e permitir que seja feita higienização adequada dos locais.
Churrasqueiras, praças infantis e demais espaços de entretenimento continuam
proibidos.

Alta procura

Em
Bento Gonçalves, assim que o decreto n° 10.654, de 15 de setembro de 2020,
liberando as mesmas atividades, foi assinado pelo prefeito Guilherme Pasin,
imediatamente os ginásios foram reabertos. Um deles, o Alameda Society,
realizou cinco jogos no dia em que reabriu, segundo um dos sócios
proprietários, Arthur Lunelli, Mella.

No primeiro dia com as portas reabertas, local realizou cinco jogos

De
acordo com ele, a demanda de pessoas querendo utilizar o espaço para jogar,
está sendo grande. “Esse último sábado (dia 19), por exemplo, a procura foi bem
grande, tivemos dez jogos”, afirma.

O
gestor comercial, Natanael Nimer da Silva, 29 anos, costuma jogar futebol duas
vezes na semana. Ele diz que foi difícil não poder praticar o esporte que mais
gosta. “Jogar futebol já estava na rotina”, conta.

Para
o vendedor, Thales Eduardo Aimi, 25 anos, não foi diferente. Ele, que joga
futebol desde a infância e pratica em média, três vezes por semana, define como
complicado o tempo em que ficou parado. “É uma das atividades de lazer que mais
gosto, por tudo que envolve: desde o exercício em si, até o encontro com os
amigos”, afirma.

Lunelli
comenta que no período em que estiveram fechados, o contato com os clientes
continuava. “Todos os dias tinha alguém mandando mensagens ou ligando,
perguntando quando a gente ia abrir, se tínhamos alguma data de reabertura”,
conta.

Proteção

Para
garantir a segurança dos clientes, Lunelli acrescenta que todas as medidas
estão sendo tomadas e que os frequentadores estão colaborando. “Vestiário está
aberto só para necessidades, banho não estão podendo acontecer ainda. Jantas e
churrasco também não. Além disso, pedimos que não tragam nenhum acompanhante.
Estão respeitando, está sendo bem bacana”, relata.

By Giovana Frazolini