Governadores avaliam que a redução da carga tributária precisa ser discutida juntamente com a reforma administrativa. Os estados se dispõe a debater o fim da guerra fiscal, mas lamentam que 70% dos impostos estejam concentrados com a União. A pandemia agravou a crise nas unidades da federação e deixou as contas públicas mais vulneráveis. Em evento promovido pela Febraban, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), ataca qualquer possibilidade de aumento de tributos. Ele lembra que um país como o Brasil não pode ficar 30 anos discutindo a reforma tributária, sem sucesso.
Ao mesmo tempo, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), opina que o sistema tributário nacional tem incoerência e defende que o governo federal deve articular com os estados as sugestões de reforma, como a unificação de tributos. O governador da Bahia, petista Rui Costa, afirma que os impostos no Brasil penalizam os mais pobres e defende a tributação da renda e das grandes fortunas, como forma de garantir a arrecadação. Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), sugere um fundo de investimentos para ajudar os estados e reforça que um sistema tributário justo é o primeiro passo para reduzir desigualdades. Além da proposta do governo, existem outros projetos que unificam impostos em tramitação no Congresso Nacional.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni